Webpágina sobre a minha coleção de zeólitos
Nota introdutória: O meu sítio fez este ano 10 anos e foi, provavelmente, o primeiro “site” dedicado aos minerais em Portugal. A minha página de zeólitos foi feita quando ainda não havia web 2.0 e não se podia publicar na web como hoje. O centro de formação da Batalha, a que muito agradeço, cedeu-me espaço no servidor, para uma atividade meramente pessoal. A página, em html, está parada há uns três anos e já tem erros de republicações, que não posso corrigir por já não ter o programa com que trabalhava e, sinceramente, estou muito destreinado no código. Por isso copiei os conteúdos e recomecei a atualizar a página no webnode. Obrigado a todos pelas visitas durante uma década! (texto escrito em 2012)
Os zeólitos naturais são tectossilicatos que constituem um grupo de aluminossilicatos hidratados de sódio, cálcio, bário e estrôncio que crepitam quando submetidos ao ensaio da chama, parecendo ferver na própria água. A sua designação advém, do fenómeno descrito anteriormente, através do grego zéos, esta designação foi introduzida pelo mineralogista sueco Axel Cronstedt (1722-1765) em 1756. Cronstedt foi o primeiro a descrever esta propriedade dos zeólitos através do exame a dois exemplares, uma ESCOLECITE da Islândia e uma STILBITE, colectado perto de Kiruna, Svappavaara, no norte da Suécia.
Três destes minerais foram referidos por Haüy (1801), denominados stilbite, analcima e harmotoma, juntamente com mesotipo que não sobreviveu. Chabazite e leucite são designações anteriores a 1801 e dezanove zeólitos já haviam sido descritos em 1842, com a heulandite a ser separada da stilbite e o mesotipo dividido em natrolite, mesolite e scolecite. Outros zeólitos descobertos nos inícios do séc. XIX foram: brewsterite, epistilbite, phillipsite, gismondina, gmelinite, levyna e edingtonite. No final desse século Dana referenciava vinte zeólitos dos quais apenas dois estão atualmente desacreditados: ptilolite e laubanite. Gottardi e Galli (1985) listaram quarenta e seis zeólitos e novas espécies continuam a ser descritas... totalizando, no presente, cerca de 100 espécies aceites.
Natrolite atravessada por cristal de aegirina
Maciço alcalino de Monchique
(foto de Volker Betz)
Nota: Todos os exemplares e fotografias, salvo indicação em contrário, são do autor.